Foto: Academia Piauiense de Letras.
MARIA NERINA PESSOA CASTELO BRANCO
( Brasil - Piauí )
Maria Nerina Pessoa Castello Branco [Nerina Castelo Branco], nasceu a 09-12-1934 em Teresina.
Estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus em Teresina e no Colégio Gentil Bittencourt em Belém do Pará. Concluiu o ginásio em Teresina. Ingressou na Faculdade de Direito do Piauí e, em 1956-57, cursou a Faculdade de Direito do Ceará, em Fortaleza, formando-se na Faculdade de Direito do Piauí em 1958.
Em Fortaleza aderiu ao movimento concretista de poesia, que revolucionava a cultura no Ceará. Ingressou no curso de filosofia da Faculdade Católica do Piauí, formando-se em 1964; mais tarde, viria a integrar o corpo docente da instituição.
Professora titular da Universidade Federal do Piauí. Foi jornalista militante, com contribuições nos jornais de Teresina, como O Dia, Jornal do Piauí e Jornal do Comércio.
Conferencista, folclorista e poeta. Foi condecorada com a Medalha do Mérito Conselheiro Saraiva, da prefeitura de Teresina, e a Comenda do Mérito Da Costa e Silva, da União Brasileira dos Escritores/Piauí. Membro do Conselho Estadual de Cultura do Piauí e diretora da Biblioteca Estadual Cromwell de Carvalho. Professora emérita da Universidade Federal do Piauí. Membro da Academia Piauiense de Letras eleita em 1966, aos 32 anos, sendo a segunda mulher a entrar para essa academia.
Entre outras obras, publicou: . Poesias modernas I . Poesias modernas II . Outras poesias . Cruviana [contos] . Além do silêncio. Solteira.
Tem como filha adotiva Maria de Fátima Martins Dias, historiadora formada na Universidade Estadual do Piauí e doutoranda pela Universidade de Lisboa (2017). Nerina Castello Branco residia em Teresina em 2017.
Biografia: https://www.parentesco.com.br/index
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
O ENCONTRO DO NADA
Porque procurei a vida toda
Aquilo que não pude encontrar
Hoje, sem esperanças — nenhuma luz verde em
[ meus caminhos,
Estou farta desta interminável procura,
Que vai sempre de encontro ao nada!
É possível assim tanta doçura,
Extravasar-se ao léu das coisas,
Sem ritmo, sem objetivo, sem nada, enfim?
É possível entregar-se então ao extermínio,
Desmaterializar-se o corpo quando no final da vida,
Sem levar desta vida uma lembrança?
É possível, sim. É a verdade das coisas,
Uma profusa confusão. E os complexos...?
Tudo assim, ânsias. Ao encontro do nada...
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Página publicada em abril de 2023
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